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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Nise da Silveira Vive! 1905 - 30/10/1999


Nise Magalhães da Silveira
15 de fevereiro de 1905
30 de outubro de 1999
 São 15 anos que Nise partiu para outras dimensões, 
outras galáxias, como ela mesma dizia.
Sua obra humana e social se mantém viva e atuante, 
seus colaboradores preservando seus valores metodológicos, 
seu legado criativo.

Todos da Casa das Palmeiras são eternamente gratos.

 Casa de convívio, criatividade, afeto, pesquisa e ciência.


Esta é a Casa das Palmeiras com seu eixo criativo.
Nise Vive!
Nise sobre a produção plástica - Imagens 

         “Desenho e pintura não só constituem excelente meio de pesquisa, mas igualmente são instrumentos da maior importância na terapêutica junguiana das neuroses”.
          “Certamente será muito válido interpretar e compreender as produções da imaginação – sonhos, fantasias – nos distúrbios emocionais. Mas o caminho da interpretação emocional não é o único caminho. Há também, segundo Jung, o método que sugere ao indivíduo a tentativa de dar forma visível às imagens internas que surgem em meio dos tumultos das emoções. Exprimir as emoções pela pintura será excelente método de confrontá-las. Não importa que essas pinturas sejam de todo desprovidas de qualidade estéticas. O que importa é proporcionar à imaginação oportunidade de desenvolver livre jogo e que o individuo participe ativamente dos acontecimentos imaginados”.
          “Não se trata de fazer arte, diz Jung, mas de produzir um efeito sobre si próprio. Aquele que até então permanecia passivo, agora começa a desempenhar uma parte ativa. Lançando sobre o papel as imagens que viu passivamente, realiza um ato deliberado. Há grande diferença entre falar sobre imagens de sonhos e fantasias durante uma sessão analítica, e lutar durante horas com pinceis e tintas para dar forma a imagens fugidias. Cedo o indivíduo verifica que o ato de pintar o libera de estados psíquicos de muito sofrimento. Passará a recorrer espontaneamente a este método e assim irá se tornando independente de seu médico. Dando formas às imagens internas, simultaneamente, ele se modela a si mesmo”. (Jung C. W. 16, p 48)
         “Jung atribui à pintura função terapêutica. Por intermédio da pintura, ‘o caos aparentemente incompreensível e incontrolável da situação total é visualizado e objetivado (...). O tremendum é exorcizado pelas imagens pintadas, torna-se inofensivo e familiar e, em qualquer oportunidade que o doente recorde a vivência original e seus efeitos emocionais, a pintura interpõe-se entre ele e a experiência, e assim mantém o terror à distância’. (C. W. 3, p. 260)”.
         (...) “Os processos de autocura serão favorecidos se o doente sentir-se livre no atelier, não se admitindo coações de qualquer espécie nem a presença importuna de curiosos”. 
 Nise da Silveira - Imagens do Inconsciente – pgs 134, 135 -1981, Alhambra, RJ.

Um comentário:

Anônimo disse...

Saudades sempre grupo estudo MII. Sabedoria e simplicidade.
Maria Helena