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domingo, 28 de março de 2010

O simbolismo da Páscoa

Desenho técnica mista / Luiz Cruz Sacramento
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Há uns três mil anos, no Egito, vivia um povo oprimido, sofrendo muito, trabalhando nas pirâmides. O povo angustiado tudo fazia querendo se libertar daquela escravidão medonha. Eram terríveis as maldades que o rei, chamado no Egito de faraó, fazia com os judeus. Ele não queria a liberdade de ninguém e chegava mesmo a proibir que judeus saíssem do seu país e fossem viver em outras terras. Então aquele povo pedia clamores aos céus, pedia a Deus que os libertasse. O Criador em sua bondade infinita, ouvindo os clamores profundos daquele povo, destinou um homem chamado Moisés para libertá-los. Moisés foi o legislador do povo judaico há cerca de 1.250 anos antes de Cristo.
O Criador de todas as coisas enviou pragas com sinais para conscientizar o faraó, colocou o mundo em escuridão completa, mas o faraó manteve sua posição fria e insensível, continuou com sua maldade como se nem tivesse coração.
Moisés, o líder que foi escolhido para libertar aquela gente toda era corajoso, e temente as ordens divinas. Moisés pensou com sabedoria e organizou como ele com todo o povo deveriam fugir das terras do Egito pelo Mar Vermelho.
Moisés foi orientado a estender uma vara no Mar e fazer com que as águas se afastassem dando passagem para o povo caminhar em terra seca. E assim foi que todo o povo judeu atravessou o Mar, com a terra seca, indo para longe do Egito, para a Terra prometida por Moisés. A alegria da passagem e fuga do Egito foi tão grande para o povo judeu que todos os homens e as mulheres organizaram uma festa maravilhosa em agradecimento. Esta festa se chamou Páscoa que significa, exatamente, passagem. É a passagem da prisão, da escravidão, para a liberdade.

Os cristãos católicos, luteranos, anglicanos, batistas, presbiterianos e outros cristãos, também, celebram a Páscoa – A Páscoas é celebração da vida, sofrimento, morte e ressurreição de Jesus Cristo.
Jesus nasceu em Belém, homem corajoso como fora Moisés; era trabalhador ao lado do pai carpinteiro. Pessoa generosa e boa de coração para com todos; pobres e ricos, doentes e sadios, alegres e tristes. Jesus vivia em Nazaré, era filho de judeus, Maria e José. Costumava ir à Sinagoga. Gostava de se reunir com os amigos, conversar nas refeições, saborear o pão ázimo e tomar vinho; falar em parábolas fatos importantes para a vida; orientar as pessoas para viverem com sentido de justiça, felicidade e alegria. Jesus dizia que é muito importante perdoar aos nossos inimigos, perdoar a quem não gostamos ou nos ofendem; refletir e pedir desculpas quando ofendemos. Ele queria que todos fossem como irmãos/amigos, que não houvesse diferença entre as pessoas no convívio de todos os dias. Era um homem de muito amor ao próximo. Jesus tinha poderes divinos, fazia curas incríveis, em sua bondade e compaixão, curou leprosos, doentes dos nervos e das emoções; doentes de todos os tipos fazendo com que as pessoas se sentissem mais confiantes consigo mesmo, felizes de viver.
Como Jesus falava sobre justiça humana, perdão, amor, compaixão e esperança numa vida mais saudável e cheia de alegria, umas pessoas ruins resolveram que era melhor matá-lo, e combinaram como matar Jesus. Homens ruins, que ninguém sabe quem foram, realmente, estas pessoas, deram ordem para que Jesus carregasse uma cruz pesada e depois o crucificassem numa cruz. Este hábito era de costume lá na Antiguidade, há dois mil anos, aproximadamente.
Antes de ser condenado à morte, ao calvário, Jesus reuniu os amigos e celebrou a Páscoa judaica com Pão sem fermento, vinho, cordeiro e outras iguarias. Jesus pediu que se lembrassem dele, por isso os cristãos celebram a Missa, a ceia eucarística em sua memória.
Numa quinta-feira, prenderam Jesus, o torturaram e no dia seguinte o mataram pregado na Cruz. Comemora-se a Sua morte na tarde da sexta-feira da paixão. Quando Jesus morreu um amigo e mulheres que eram suas amigas enrolaram o corpo dele, e o enterraram numa cova de pedras. No domingo as mulheres, sua amigas muito queridas, foram até a sepultura e ficaram espantadas porque o corpo não estava lá. Viram um corpo de luz; Jesus havia ressuscitado da morte, Ele apareceu às amigas que ele tanto amava e depois aos seus queridos amigos.
A Páscoa é a passagem da vida terrestre para a vida divina e eterna cheia de luz. A passagem da insegurança e dos temores para a vida de esperança e alegria. Por isso festeja-se a Páscoa, a passagem, a Ressurreição de Jesus, a Vida que vence a morte. Páscoa é alegria, esperança de vida e Amor a cada dia.

A Páscoa para cada um de nós representa a passagem da doença , da falta de energia ou da preguiça para a saúde, vitalidade, vontade de realizar coisas boas e tranqüilas com fraternidade do coração.
A Festa da Páscoa é a celebração da passagem das tristezas para as alegrias de vida eterna!
A Luz da fogueira, com a benção do Fogo, no ritual cristão católico, destina-se a acender a Vela
Ciro pascal - que simboliza o restabelecimento do espírito, o resplendor da Vida. A luz que emerge da escuridão, a ressurreição. A Vida eterna.
O Ovo de açúcar ou de chocolate representa a célula viva da natureza, a ruptura da casca - entrada para a Vida nova.
O Coelhinho simboliza a doçura, a fertilidade da Vida se renovando na medida em que se vive, continuamente.
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A Páscoa neste ano de 2010, para os judeus, é comemorado no dia 29 de março, dia da Lua cheia.
A Páscoa dos cristãos é celebrada no dia 4 de abril, quarenta dias depois da quarta-feira de cinzas, no primeiro domingo depois da Lua cheia.

FELIZ PÁSCOA PARA TODOS !
(mpf)
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sábado, 27 de março de 2010

Tertúlia poética

Poesia de C. F.

Oficina de poesia - espaço literário!

Dia 22 deste mês de março, recebemos na Casa das Palmeiras a visita e participação do poeta Afonso Henriques Neto, neste belo início de outono, das 16h às 17h30.
Risonhos e solícitos se aproximaram da grande mesa, ele e o poeta Augusto Bastos, responsável por esta atividade, quem o apresentou.
Num gesto generoso Afonso ofereceu para todos o seu livro Abismo com Violinos.
Logo à apresentação Afonso, numa breve explanação sobre a poesia que remete ao amor, estimulou a cada um que lesse um pouco, numa sutil viagem no tempo desde 7 a. C. com poemas de Safo, poeta grega; dois poemas do poeta latino Catulo, 87-54 a. C. e um poema de Propércio, 47-16 a. C.. Em seguida foi lida uma poesia do poeta árcade brasileiro, Tomás Antonio Gonzaga, 1744- 1810; outra de Casimiro de Abreu, poeta romântico brasileiro, 1839-1860; passando por Alphonsus de Guimaraens Filho, poeta moderno brasileiro, 1918- 2008 e terminando com dois poemas de sua autoria.
Um silêncio solene se fazia enquanto se lia, e todos atentos.
Terminada as leituras foi estimulado a cada um criar uma poesia com tema livre ou sobre a palavra Amor. Com muita beleza quase todos criaram, e, predominou a palavra Amor.

De Afonso Henriques Neto

VOCÊ

as mulheres mais belas
habitam você
fragor do mar nos vulcões do meio-dia
espuma lunar a flutuar
fotografia que o sonho grava no invisível
(você vestida em nuvem violeta, você e um gato
branco de patas azuis, você fugindo nua
pela praia do infinito,
você dançando o som do violino-pensamento,
você de olhos de surpresa com o peixe pulsando nas mãos,
você, você)
aprender você
intacta liberdade
amor é saber leveza
no centro da tempestade

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Arranjo Floral de nosso querido L. / março 2010.

"O filósofo do silêncio!"
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quinta-feira, 4 de março de 2010

Palavras de C.G. Jung

“Só espero e desejo que ninguém se torne ‘junguiano’. Eu não represento nenhuma doutrina, mas escrevo fatos e apresento certos pontos de vista que julgo merecedores de discussões. (...) Não advogo nenhuma doutrina pronta e fechada e abomino ‘partidários cegos’. Deixo a cada um a liberdade de lidar a seu modo com os fatos, pois eu também tomo esta liberdade para mim.”

[Em carta resposta ao Dr. J.H. van der Hoop, Amsterdã. Este havia escrito que lhe interessava a própria liberdade de idéias e: “Não posso dizer se algum dia poderei tornar-me junguiano.”]
C.G. Jung / Cartas / 1946 -1955 - Vol. II Editora Vozes.

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“Um chapéu para cada cabeça e não o mesmo chapéu para todas as cabeças”
Nise da Silveira
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A Casa das Palmeiras segue a linha de pensamento, as idéias e os métodos, desenvolvida por C. G. Jung e por Nise da Silveira. Entretanto não está amarrada a correntes.
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