Os poetas - Augusto Sérgio e Afonso Henriques Neto.
- imagens do arquivo -
Encontros na
Casa das Palmeiras
Grupo de Poesia
O grupo se reúne na quarta
segunda-feira de cada mês. Além da presença dos clientes, contamos com a
participação de estagiários e, eventualmente, de coordenadores de outras áreas
e médicos da Casa.
Em abril de 2004, participei, pela primeira vez, como coordenador do
Grupo de Poesia, dando seguimento à atividade.
A cada reunião, distribuímos algumas
laudas digitadas, quase sempre contendo fotos e pequenas biografias dos poetas
que vamos estudar, com alguns dos seus textos mais representativos. Tratamos de
poetas clássicos assim como de modernos e de contemporâneos; cito alguns:
Gonçalves Dias, Castro Alves, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira,
Paulo Leminski, Ferreira Gullar, entre outros.
O coordenador lê as biografias e faz comentários, incentivando a
participação. As poesias são lidas por todos os presentes, que, em diálogo com
o coordenador, fazem suas observações. Os clientes são motivados a dizer se gostaram
ou não e por qual razão. Tentam responder à célebre e irrespondível pergunta: O
que será que o poeta quis dizer?
Chamamos a atenção para alguns tópicos, abordados de forma bem simples,
objetivando o entendimento de todos: Rimas, Métrica, Ritmo, Formas fixas, entre
outros.
Ao final, é solicitado que cada participante
escreva um poema. Depois, cada um lê o seu texto. Ao analisá-los, buscamos o
envolvimento de todos, incentivando para que comentem o próprio trabalho e
também o do outro.
Com o objetivo de motivar o
grupo, algumas vezes, convidamos um poeta para fazer palestra. Treze, de
reconhecida qualidade, já estiveram conosco: Marcus Vinicius, Afonso Henriques
Neto, Lou Viana, Eduardo Tornaghi, Suzana Vargas, Grupo Poesia Simplesmente
(Laura Esteves, Silvio Ribeiro de Castro, Delayne Brasil e Ângela Carrocino),
Lila Maia, Helena Ortiz, Geraldo Carneiro e Antonio Carlos Secchin – os dois
últimos, atuais membros da Academia Brasileira de Letras.
A Atividade, como um todo, visa fazer com que os clientes se expressem,
se comuniquem, seja por escrito ou verbalmente.
Nesses 13 anos de convivência, lidando com pessoas com maior ou menor dificuldade
para se expressar, pude constatar que o cliente
da Casa não difere muito das outras pessoas. Concentra-se na hora de escrever
seus textos; alguns fazem ótimos poemas, outros produzem encantadoras mensagens
em prosa e até, com certa frequência, desenhos bem elaborados, demonstrando
grande sensibilidade.
De modo geral, o cliente
da Casa tem o olhar e o sentimento que o poeta precisa ter. Às vezes, traduzindo
o ambiente que nos cerca, o exterior, e, num outro momento, mergulhando no seu
mundo interior para se expressar singularmente.
E é essa sensibilidade que faz com que ele se
comporte, frente à Poesia, da mesma maneira que o poeta.
Augusto Sérgio Bastos
23/08/2017
NOTA - um problema na configuração > não obedece comando - sai itálico sem querer
Acima - o acadêmico da ABL - Geraldo Carneiro, Grupo de Poesia.
Abaixo a presença de outro acadêmico, Antônio Carlos Secchin.
Poesia Viva sobre a mesa.
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