Nise e o gato Carlinhos
Nossa querida Nise, hoje, 15
de fevereiro de 2013, faria aniversário de nascimento!
Este texto já foi publicado
aqui, mas como era norma de Doutora Nise, retomar ao que é essencial, mais uma
vez suas profundas palavras:
“Jung dá máximo de valor à função criadora de
imagens. Na sua psicoterapia, desenho e pintura são considerados fatores que
podem contribuir para o processo de auto-evolução do ser”.
“Quando o neurótico já está em condições de sair do
estado mais ou menos passivo de dependência das interpretações do analista,
Jung o induz à ação, isto é, pede-lhe que desenhe ou pinte as imagens de sonho
que mais o impressionaram. Não se trata de fazer arte, trata-se, na expressão
de Jung, de ‘produzir uma eficácia viva sobre o próprio individuo’.
‘Dar forma material à imagem interna, obriga a considerar atentamente cada uma de suas partes que poderão deste modo desenvolver toda a sua força invocadora’. Correntemente, a pessoa detém-se sobre as imagens de seus sonhos apenas durante a sessão analítica. Logo depois é absorvida no tumulto cotidiano. As imagens esvaem-se. Outra coisa será tentar captá-las sobre o papel, lutando com pincéis e cores e tanto melhor quanto for o esforço e tempo dedicado a este trabalho. O indivíduo necessitará cada vez menos de seu analista. Descobre-se, por sua própria experiência, que a formação de uma imagem simbólica libera-o de uma condição de sofrimento e o ajuda a galgar outro nível de consciência, torna-se independente por auto criação, isto é, dando forma a suas imagens internas ele se modela simultaneamente a si mesmo”.
‘Dar forma material à imagem interna, obriga a considerar atentamente cada uma de suas partes que poderão deste modo desenvolver toda a sua força invocadora’. Correntemente, a pessoa detém-se sobre as imagens de seus sonhos apenas durante a sessão analítica. Logo depois é absorvida no tumulto cotidiano. As imagens esvaem-se. Outra coisa será tentar captá-las sobre o papel, lutando com pincéis e cores e tanto melhor quanto for o esforço e tempo dedicado a este trabalho. O indivíduo necessitará cada vez menos de seu analista. Descobre-se, por sua própria experiência, que a formação de uma imagem simbólica libera-o de uma condição de sofrimento e o ajuda a galgar outro nível de consciência, torna-se independente por auto criação, isto é, dando forma a suas imagens internas ele se modela simultaneamente a si mesmo”.
“O que acaba de ser dito refere-se a neuróticos e a
todos aqueles que buscam o desenvolvimento de sua personalidade, a própria
individuação”.
Nise da Silveira, revista Quatérnio, 1973, págs. 131
e 132.
Dra. Alice Marques dos Santos, psiquiatra, colaboradora desde a Fundação da Casa das Palmeiras em 1956, e sua grande amiga,
por toda a vida, Nise da Silveira.
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