domingo, 27 de dezembro de 2009
23 de dezembro, feliz aniversário!
homenageamos com uma poesia de
Gilberto Schmütz de Gouma *
Ode à Nise da Silveira
Nise
Dionisíaca
Doce e Feroz
Uma Guerreira. Uma Sacerdotisa.
Mulher, Brasileira, Nordestina.
Triplamente discriminada, triplamente combativa.
Criadora do Museu de Imagens do Inconsciente.
Criadora da Casa das Palmeiras.
Nise é assim: uma criadora.
Criadora de idéias, de obras, de ideais.
De “casos” também. E de quantos!...
Brigou pelos direitos dos ditos “doentes mentais” em se expressarem.
Brigou pelos direitos deste doente maior chamado Brasil.
Esteve presa com Graciliano Ramos e Olga Prestes.
Personagem dos livros Memórias do Cárcere e Olga.
Nise é a própria Princesa Caralâmpia da Terra dos Meninos Pelados,
Personagem feita para ela por Graciliano.
É personagem como não mais se faz com Nobreza, Coragem e Paixão.
Tem um texto em Brecht diz:
Há Homens que lutam um dia e são bons.
Há outros que lutam um ano e são melhores.
Há os que lutam muitos anos e são muito bons.
Mas há os que lutam toda uma vida
e estes são os imprescindíveis.
Nise é assim: imprescindível !
Nise ultrapassa os limites
De uma geografia divisória e de um tempo linear.
Sua obra-vida transcende.
Mãe de sonhos e argonautas
de lutas e guerreiros
de fogos e sedentos
de luzes e desbravadores.
Nise-Caralâmpia segue a iluminar caminhos.
* Professor - UFF/Produtor Cultural/ Amigo de Nise/Neto-Elfo.
Proferida em 1988, quando Dra. Nise recebeu Título de Professor
Honoris Causa pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ.
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sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
Feliz Natal! Feliz 2010!
Natal
Olavo Bilac
Jesus nasceu ! Na abóbada infinita
Soam cânticos vivos de alegria;
E toda a vida universal palpita
Dentro daquela pobre estrebaria.
Não houve sedas, nem cetins, nem rendas
No berço humilde em que nasceu Jesus...
Mas os pobres trouxeram oferendas
Para quem tinha de morrer na Cruz.
Sobre a palha, risonho, e iluminado
Pelo luar dos olhos de Maria,
Vede o Menino-Deus, que está cercado
Dos animais da pobre estrebaria.
Não nasceu entre pompas reluzentes;
Na humildade e na paz deste lugar,
Assim que abriu os olhos inocentes,
Foi para os pobres seu primeiros olhar.
No entanto, os reis da terra, pecadores,
Seguindo a estrela que ao presépio os guia,
Vêem cobrir de perfumes e de flores
O chão daquela pobre estrebaria.
Sobrem hinos de amor ao céu profundo;
Homens, Jesus nasceu! Natal! Natal!
Sobre esta palha está quem salva o mundo
Quem ama os fracos, quem perdoa o Mal!
Natal! Natal! Em toda Natureza
Há sorrisos e cantos, neste dia...
Salve, Deus da Humildade e da Pobreza,
Nascido numa pobre estrebaria!
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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Expressões Silenciosas
O trabalho, inspirado na exposição “Paisagens Silenciosas”, de Lucila Wroblewski, teve como base os livros de Nise da Silveira: “Terapêutica Ocupacional” e “Casa das Plmeiras -Emoção de Lidar”. A exposição na Casa das Palmeiras permaneceu por 1 mês no local e durante esse período o local foi preenchido por belíssimos concertos, clássicos por todos conhecidos, tocados diariamente no som do local.
A exposição ficou alocada em um pequeno espaço do salão principal e todas as fotos, coladas em ambos lados de uma pequena moldura de cartolina , ficaram suspensas apenas por fios de nylon, de diversos tamanhos, de modo que ficassem "livres", dançando no ar. Os clientes se mostraram muito curiosos com a novidade na Casa; o local escolhido para a mostra das fotografias. E foi imensamente prazeroso ver alguns clientes se aproximando, lentamente e silenciosamente, buscando suas fotos. Alguns voltavam, atentos a suas próprias imagens, outros observavam os amigos, os que diziam não ter gostado da própria postura enquanto trabalhava, os que confirmavam "este aqui sou eu no ateliê?" e ainda os que se surpreendiam com a sua própria expressão.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Memória
Do dia 25 ao dia 27 de setembro de 1967, realizou-se um histórico
e pelo leiloeiro Affonso Nunes.
Uma cerâminca de Picasso foi doada por Dr. Mario Magalhães da Silveira, esposo de Nise.
Abraham Palatinik / Anna Bella Geiger / Anna Letycia / Augusto Rodrigues / Francisco Antares / Antônio Maia / Abelardo Zaluar / Maciez Babinski / Isa Aderne Vieira / Ivan Serpa / Newton Cavalcanti / Nisete Sampaio / Helena Wong/ Isabel Pedrosa /Almir Mavignier / / José Barbosa / Edith Behring / Aluysio Zaluar / Wilma Martins /Rachel Strosberg / José de Dome / Grauben / José Assumpção de Souza / Gastão Manuel Henrique / Maria Teresa Vieira / Carlos Vergara / José da Lima / Enrico Bianco / Tiziana Bonazzola Barata / Ely Braga / Reno Bernucci / Farnese de Andrade / José Tarcísio / Marília Rodrigues / Marcelo Grassman / Fayga Ostrower /Ilka Teresa / Lygia Clark / Bruno Giorgi / Rubens Gerchman / Nina Barr / Paulo Moreira da Fonseca / Frank Schaeffer / Gerson de Souza / Inimá de Paula / Inge Roesler / Cândido Portinari / Silvia Chareo / Darel Valença / Maria Luisa Leão / Madeleine Colaço / Zélia Salgado /Gilberto Jiménez López / Roberto de Lamônica / Carlos Scliar / Milton da Costa / Carlos Augusto Mendonça / Darcílio de Paula Lima / Gilberto Guimarães Bastos / Albery / Durval Serra / Roberto Moriconi / Poty / Marie Brych / Roberto Oswaldo / Jacyra Moraes Aranha / Maria de Lourdes Novaes / Elsa de Souza / Oscar Niemeyer / Ilo Krugli / Pedro Touron /Luiz Antônio Pires / Roberto Scorzelli / Elyseu Visconti Cavalheiro / Vera Roitman / Walter Marques / Maria Cecília / Mário Gruber / Oswaldo C. / H. Cavalheiro / Leonor Greves / Victor Décio Gerhard / Olga Abramson/ Aldary Toldedo/ Athos Bulcão / Marilia Gianneti Torres / Humberto Cerqueira / Frei Nazareno Confalzoni / Miriam Cerqueira / Ricardo Gatti / José Paixão / Edouard Sued / Dileny Campos / Tomas Santa Rosa / Lúcio Cardoso / Di Cavalcanti / Holmes Neves / Wildmar Franz / Gildemberg Kokotschka / Chico Sampaio / Olly Reiheimer /Miriam Monteiro / Araújo Lima / Maria Adelaide Marques Martins Schuhtz / Ângelo Hodick / René Lúcio / Marlene Hori / Dr. José Américo / Simone Sá / Gilda Lisboa / Leite Lopes / Artur Alípio Barrio de Souza Lopes / Leopoldo Méis / H.B.Artista Bahiano / Francisco Brennand / Paulo César Pimentel / Vinício Horta / Pietrina Checcacci / Ziraldo / Dora Basílio / Maria do Carmo Secco / Stendhal / Picasso / Celina Fontoura / Pedro Araújo Correia Parodi / Elias João Kaiuca / Flávio Marinho Rego / Isabel Pons / José Pinto / Caio Mourão / Inácio Rodrigues / Georgette Melhem / Galileu Campos de Resende / Millor Fernendes / Pedro Amado / Arturo Kubotta / Djanira / Bezerra Francisco / Francisco da Silva / Israel Szajmbrum / Lula Cardoso Ayres.
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domingo, 29 de novembro de 2009
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Ciclo de Palestras
Conversa informal sobre as atividades plásticas
na Casa das Palmeiras
- Pequeno território livre de criatividade, estudo e pesquisa -
Expressões Plásticas no tratamento terapêutico.
Com Vanessa Ferreira e Martha Pires Ferreira
Haverá mostra em CD de trabalhos realizados em vários ateliês e oficinas criativas.
Dia 27, sexta-feira às 20h – aberta ao público.
Local:
Rua Mote Alegre, 306 / Santa Teresa
Bondinho ou ônibus 214 - Paula Matos
Informações tel 2242-9741 (Centro Cultural)
e 2266-6465 (Casa das Palmeiras)
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domingo, 15 de novembro de 2009
Ateliê de Colagem
O Ateliê costuma receber em torno de quatro a sete clientes por dia. Os mais assíduos aparecem com certa freqüência. Por vezes acontece que alguns não conseguem realizar alguma atividade; apenas manuseiam o material, observam as imagens das revistas. Os trabalhos de corte e colagem constituem mais uma porta para a reorganização do mundo interno e externo, assim como para a reintegração da convivência social. Muitas vezes manuseando as revistas os clientes fazem perguntas sobre fatos importantes que estão acontecendo na vida em sociedade e colocam no papel observações das impressões vividas. Por vezes reclamam, expressam emoções transmitindo ansiedade. Recortar quadrados, triângulos, círculos ou retângulos de uma folha lisa colorida ou de tipo fantasia pode ser um esforço muito grande para um ou mais cliente. Cada um com suas tensões próprias descobre o que suas emoções solicitam. As relações com os materiais interagem na vida emocional e psíquica propiciando, geralmente, satisfação e prazer.
Este Ateliê em tempos de festas comemorativas da Casa é muito procurado e ativado para a realização de Cartões personalizados. Isto ocorre para as Festas de Carnaval (quando fazem, também, os enfeites), Páscoa, São João - Junina (as bandeirinhas), Primavera (as flores) e Natal (o Presépio e os enfeites). Os Cartões são convites para as famílias e amigos comparecerem às Festas. Os enfeites para as festas são realizados e guardados neste Ateliê quando todos juntos dias antes da festa, com auxílio das estagiárias e dos estagiários, enfeitam a Casa como desejarem. Cada um colabora a seu modo com espontaneidade.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Nise da Silveira > 1905 - 30/10/1999
– 1981, Alhambra, RJ.
O sol simboliza, na psicologia junguiana, ‘o ego e seu campo de consciência’. A personificação do ego sob a forma do ‘corpo refulgente do sol’ decorre de ser o ego o ponto de referência central da consciência e de sua função criadora do mundo como objeto (Jung, C. G. – C. W. , 14, 108). É assim que o sol, direta ou indiretamente, está presente em múltiplas versões do mito do herói, quando esta, depois de vencer os monstros das travas, saindo de uma condição de semi-inconsciência, consegue trazer a realidade para a luz da consciência, recriando o mundo.
No mesmo sentido pesa a opinião de Mircea Eliade que afirma a existência de paralelismo entre hierofanias solares e o desenvolvimento do racionalismo. Somente no Egito, onde floresceu uma alta civilização, o culto do sol propriamente dito alcançou verdadeira predominância. E na América, foi no Peru e no México, isto é, entre os únicos povos desse continente que atingiram autêntica organização política, que o culto do Sol chegou ao apogeu. Teria havido, pois, concordância entre a supremacia das hierofanias solares e o
desenvolvimento histórico (Mircea Eliade – Traité d’histoire des Religions, p 115. Payot, paris, 1968).
Mas acontece igualmente que o sol, pela magnitude de seus atributos específicos, impõe-se como símbolo do self, ou seja, do centro ordenador da psique, bem como da totalidade psíquica. E ‘o self é a imagem de Deus ou, pelo menos, não pode ser distinguido dessa imagem’ (Jung, C. G. – C. W., 9ii, 22). Self, imagem de Deus, sol, acham-se em estreita correlação.
O sol aparece como símbolo da imagem de Deus, não só na antiguidade pagã mas também no cristianismo.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
O Tema Mítico do Dragão-Baleia
O dragão-baleia em imagens
“O tema mítico da viagem e do encontro com o monstro marinho é como todos os temas míticos ‘a expressão de dramas interiores inconscientes’ (Jung, C. G. - C.W. 9, 6).
O drama do encontro com o monstro exprime a situação perigosa para o indivíduo de ser tragado pelo inconsciente, representada na imagem do risco de devoramento pelo enorme animal habitante das profundezas do mar. Quando, sob o impacto de afetos intensos, o inconsciente se reativa em proporções extraordinárias ameaçando submergir o ego consciente, não e raro que se configurem monstros nas matrizes arquetípicas de onde têm emergido figuras semelhantes no curso de milênios.
Descendo às entranhas do monstro, isto é, ‘ao substrato psíquico, este escuro reino do desconhecido exerce atração fascinante que se torna tanto mais perigosa quanto mais o herói penetra em seus domínios’. Ele corre o perigo de ficar ‘prisioneiro no mundo subterrâneo do fundo do mar exposto a toda espécie de terrores’. Esta terrível experiência psicológica estimulará e renovará o herói que por fim conseguirá vencer o monstro. Outros sucumbem, resultando da derrota ‘a desintegração da personalidade em suas componentes – funções do consciente, os complexos, fatores herdados, etc. Desintegração que poderá ser transitória ou mesmo uma verdadeira esquizofrenia’(Jung, C. G. – C. W. - 12, 320).
Nos mitos, diz Jung, ‘o herói é aquele que conquista o dragão, não aquele que é vencido. Mas ambos defrontam-se com o mesmo dragão’(Jung, C. G. – C. W. 14,531).
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terça-feira, 27 de outubro de 2009
Dia 30 de outubro
Às 15h30 um lanche informal seguido de homenagem ecumênica realizada pelos clientes, estagiários, colaboradores e amigos que possam estar presentes.
Nise vive no coração do mundo!
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Imagens do Inconsciente
“O estudo das imagens que se originam nas matrizes arquetípicas do inconsciente coletivo é uma verdadeira pesquisa arqueológica. Mas a arqueologia da psique é ciência muito peculiar. Enquanto os achados da arqueologia, propriamente dita, mantêm-se sempre iguais, os conteúdos do inconsciente coletivo estão em constante movimento; agrupam-se e reagrupam-se, interpenetram-se e mesmo são susceptíveis de transformações. Esta é a concepção junguiana de inconsciente coletivo, concepção essencialmente dinâmica”.
Nise da Silveira
Imagens do Inconsciente Ed. Alhambra, 1981 - RJ.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Minha vida na Casa da Solidão
“Sempre me pareceu inteiramente sem importância fazer um diagnóstico e pôr um rótulo numa pessoa.
sábado, 17 de outubro de 2009
Entrevista com Nise da Silveira (1905 -1999)
Do Caralampismo à Emoção de Lidar -
Uma abordagem não ortodoxa da esquizofrenia
Revista Ano Zero / setembro de 1991 – RJ.
Trechos:
Ano Zero – Dra. Nise, Artaud dizia que “o ser tem estados inumeráveis e cada vez mais perigosos”. A esquizofrenia seria uma doença ou um estado do ser?
Nise da Silveira – Um estado do ser.
(...)
AZ – Um dos seus pacientes...
NS – Nada de pacientes! As pessoas.
(...)
AZ – A senhora se refere à esquizofrenia como um mergulho profundo. A cura seria resgatar o indivíduo deste mergulho, reestabelecendo seus contatos com a realidade?
NS – Certa vez um rapaz esquizofrênico, que já estava em situação razoável, na Casa das Palmeiras tinha dúvidas “Eu vou me curar?” Eu lhe perguntei o que ele chamava de cura e ele me respondeu que estar curado seria voltar ao trabalho. Ele era escriturário e eu lhe disse: “Nem sonhando! Eu quero que você seja muito mais do que um escriturário”.
(...)
AZ - A Casa das Palmeiras não tem escriturários?
NS – Não. (...) A casa não visa lucros comerciais, não é uma fundação, não tem convênios e nem os quero. No Jornal O Estado de São Paulo saiu algo engraçado, mas verdadeiro, o que é raro em jornal. Publicaram o meu retrato, dizendo: “Ela prefere ser uma loba faminta a um cão na coleira”.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Nise vive
Em sua memória transcrevemos belíssimo texto da Carta VII, de sua obra
Além dos dois gêneros de conhecimento, experiência vaga e conhecimento racional de idéias adequadas, você descobriu um terceiro gênero de conhecimento: a ciência intuitiva, que “progride da idéia adequada da essência das coisas” (E., II, XL, ESCÓLIO 2). E é por meio desse terceiro gênero que será feita a escalada até o cume da sua “montanha de cristal”.
De ordinário concebemos as coisas em relação a um certo tempo e a um certo lugar, mas, através do terceiro gênero, passamos a concebê-las contidas em Deus, ou seja, sob a espécie da eternidade (E.,V, XXIX). Tudo fica diferente concebido sob este aspecto. E muito superior ao conhecimento pelo primeiro ou segundo gênero, aos quais estamos habituados. Este terceiro gênero conduz ao conhecimento da essência das coisas, proporcionando ao espírito ampliação da sua parte eterna, grande alegria e capacidade para um amor liberto de quaisquer sentimentos espúrios ou egoístas, amor que não poderá ser destruído por nenhuma força da natureza (amor intelectual).
Agora você vai permitir que eu me detenha, com sua ajuda, frente ao emocionante tema da morte.
Começo relembrando suas palavras: “Uma vez que os corpos humanos são aptos a um grande número de ações, não é para duvidar que possam ser de tal natureza que estejam unidos a espíritos possuidores de grande conhecimento deles próprios e de Deus, em cuja maior ou principal parte seja eterna. Por conseqüência, não terão medo da morte” (V, XXXIX). A parte que perece com o corpo não terá nenhuma importância comparada à parte que persiste (E., V, XXXVIII). Aliás, você já havia dito em E., IV, LXVII: “O homem livre em nada pensa menos que na morte, e sua sabedoria é uma meditação não sobre a morte, mas sobre a vida”.
Perdoe-me todas estas citações; elas visam a reavivar em mim idéias que me impressionaram, e não para você, é óbvio.
(E. Ética de Spinoza – “Breve Tratado” in Oeuvres Completes. Paris, Gallimard, 1954).
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sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Origem do nome Casa das Palmeiras
Com a presença de alguns psiquiatras e numerosos amigos, foi inaugurada a Casa das Palmeiras no dia 23 de dezembro de 1956. A Casa, uma instituição sem fins lucrativos, começou a funcionar imediatamente. Permanecemos no prédio do antigo Colégio La-Fayette até 1968.”
Em 1968 a Casa foi transferida para a Rua D. Delfina nº 39, Tijuca, permanecendo neste aprazível local até 1981, quando mudou para a Rua Sorocaba, 800, Botafogo (foto), onde permanece atuante e fiel aos métodos fundamentados por sua idealizadora e fundadora, Nise da Silveira (1905 – 1999).
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
GRUPO DE ESTUDOS G. JUNG
Às quartas-feiras de 15 em 15 dias / 2009
Psicologia e Alquimia
Dia 16 e 30 de setembro /14 e 28 de outubro /
11 e 25 de novembro e 9 de dezembro.
Horário: Início às 19h / término às 20h30
Local: Rua Sorocaba, 800 – Botafogo
Inf.: Tel. 2266-6465 (das 13h às 17h) / 2242-9341
O GRUPO DE ESTUDOS É GRATUITO
* Está aberto ao público em geral *
Bem vindos os artistas, filósofos, psicólogos, pensadores livres, cientistas, antropólogos, sociólogos e/ou qualquer pessoa que desejar ler, estudar e/ou conhecer, mais profundamente as Obras de C.G. Jung e Nise da Silveira
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Manoel de Barros na Casa das Palmeiras
sutilmente alcançou o desaparecimento das falas de todos
Em torno da grande mesa na Atividade de Poesia, hoje segunda-feira,
ofereceu a cada um presente, em copos luminosos,
Infantil
O menino ia no mato
E a onça comeu ele.
Depois o caminhão passou por dentro do corpo do
menino
E ele foi contar para a mãe.
A mãe disse: Mas se a onça comeu você, como é que
o caminhão passou por dentro do seu corpo?
É que o caminhão só passou renteando meu corpo
E eu desviei depressa.
Olha, mãe, eu só queria inventar uma poesia.
Eu não preciso de fazer razão.
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E mais outras poesias em três folhas tecidas em lirismo.
Papeis e canetas sobre a mesa, um convite à criatividade.
Cada um poetizou Manoelbarrezeando em plena beleza tetral.
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Esta Atividade tem a colaboração mensal do poeta Augusto Sérgio Bastos.
sábado, 26 de setembro de 2009
Xilogravura
ATELIÊ DE XILOGRAVURA
A atividade de Xilogravura é uma das mais tradicionais como possibilidade terapêutica ocupacional na Casa das Palmeiras - uma das jóias do método criativo na terapêutica ocupacional para Nise da Silveira.
O ateliê fica localizado no 2º andar da Casa das Palmeiras numa ampla sala aberta, com muitas estantes onde estão guardadas as matrizes de madeira com o nome de cada cliente. Numa grande mesa estão colocadas as madeiras, cortadas em pequenos tamanhos, para serem talhadas com vários tipos de goivas à disposição. Cadeiras estão em torno da mesa. Lápis grafites ficam à disposição para desenharem antes de trabalharem na madeira.
Numa sala ao lado estão arquivadas cópias em papel, com tintas de várias cores - todas guardadas em pastas. As gravuras são, quando necessário, objeto de pesquisa e estudo nas supervisões semanais. E estão à disposição para qualquer pessoas quem venha à Casa fazer pesquisas de campo.
As imagens quando impressas, em papeis especiais, surgem em dimensões que se possibilita ver onde a madeira foi talhada em sua profundidade.
Este ateliê necessita de um artista xilogravador, técnico especializado. A escolha das madeiras e o trabalho com as goivas, mais o uso das tintas no preparo para tirar as cópias requer experiência e técnica especial muito delicada por parte do xilogravador - mestre neste oficio.
Nas segundas e quartas-feiras deram-se oportunidades de se trabalhar por algum tempo cuidando do rico acervo da Casa. Poucos clientes tiveram oportunidade de trabalharem neste ateliê e sentiram-se contentes mantendo-se ali concentrados e cuidadosos na execução desta atividade. Demonstraram tensões na expressão do rosto e satisfação em manusear as goivas ao fincá-las na madeira, observando sempre os cortes com toda a atenção. Esta atividade requer cuidados em particulares de monitores auxiliares para não se ter cortes nas mãos.
Cuidar das madeiras e organizar as matrizes nas estantes é darmos importância a este ateliê, é dar oportunidade de se conviver com a textura do material quente e sólido que é a madeira. Desenhar e talhar é um processo que acontece naturalmente.
Neste este ateliê de Xilogravura já colaboraram, trabalharam e circularam grandes xilogravadores brasileiros, honrados em dar seu precioso tempo na continuidade da obra de Nise da Silveira.
domingo, 20 de setembro de 2009
C. G. Jung - carta de 25/11/1932
“O inconsciente em si não é traiçoeiro nem mau – é nataureza, tanto bela como terrível. Quando o inconsciente se mostra hostil e mau, então isso depende de sua própria atitude, que se entrega levianamente ao mundo sedutor de suas imagens. Quando temos que nos ocupar com o inconsciente em geral, então deve ser apenas de maneira ativa. Sobretudo não se deve aceitar cegamente ou ao pé da letra nada do que o inconsciente produz. Tudo deve ser submetido a uma avaliação precisa, pois em geral é altamente simbólco. Podemos rejeitar totalmente um conteúdo como tal, mas o importante é a compreensão de seu sentido simbólico para decidir sobre sua aceitação.
O caminho criativo é o melhor para lidar com o inconsciente.”
C. G. Jung – Cartas 1906 – 1945, pág. 124/ Ed. Vozes Vol. I.
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quinta-feira, 3 de setembro de 2009
AVE FENIX !
Guache sobre papel - 35 x 50 - R.
“Todo ato de criação, mesmo o mais simples e despretensioso, implica um encontro entre consciente e inconsciente. É na chama desse encontro, de intensidade maior ou menor, que fragmentos da psique dissociada juntam-se de novo, que se encontram símbolo transformadores da energia psíquica e veículos que a conduzem a níveis de consciência mais elevados”.
Casa das Palmeiras, 3 de setembro de 2009! Ave Fenix !
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Passeio Cultural
Amigos/as da Casa das Palmeiras
Convidam você a integrar nosso alegre grupo
Passeio Turístico e Cultural a
Paty do Alferes e Miguel Pereira
- Benefícios para a Casa das Palmeiras -
Programação:
-Visita a Aldeia de Arcozelo e seu Museu;
-Visita a Orfanato e integração com crianças;
-Tour pela cidade;
-Almoço no Hotel Javary;
-Entretenimentos;
-Recreações e música ao vivo.
Dia 10 de setembro de 2009 (5ª feira)
Saída: 8h00
Retorno ao Rio de Janeiro:18h00
Local de saída: Av Atlântica, 2150
(entre as Ruas Paula Freitas e Hilário de Gouveia)
Preço: R$100,00 (cem reais) – Tratar com Frida
Tels. 2547-9115 ou 9998-9098
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terça-feira, 1 de setembro de 2009
Alquimia poética
Para a psiquiatra – poeta Nise da Silveira,
com a devida licença de Olavo Bilac
“Ora (direis) falar com gatos! Certo
Perdeste o senso!”E eu vos direi, no entanto,
Que esses esquivos felinos, decerto
Têm uma verve clara e cheia de encanto.
E sem malícia digo isso, porquanto
Sou testemunha, assisto de bem perto
Aos colóquios constantes – Ah, que espanto!
Bichanos com Nise: são um livro aberto.
“Loucura, insensatez”, direis agora
“Que diálogo com eles essa dama
Tem? Em que língua fala essa senhora?”
São conversas sutis, transcendentais
Na linguagem de Assis, que nos inflama
Só entende quem ama os animais.
Agilberto Calaça
-Diretor da Casa das Palmeiras – 2002/2004.
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segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Imagens do Inconsciente
Produções do ateliê de desenho e pintura
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quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Encontro coloquial
domingo, 9 de agosto de 2009
Criatividade e convívio humano
terça-feira, 21 de julho de 2009
Encontro coloquial
Marcus Quintaes
Quantos caminhos para a Psicose?
Uma perspectiva junguiana.
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Dia 28 de julho de 2009
às 19h00 / terça-feira
Casa das Palmeiras
Rua Sorocaba, 800
Convidados:
Antigos colaboradores, estagiários e amigos.
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quarta-feira, 15 de julho de 2009
Mito, Psicologia e Arte.
*As mutações do mundo contemporâneo *
Dia 1 de agosto tivemos uma bela palestra de
A Beleza e a Sensualidade - Laços de afeto e o desamor
Casa das Palmeiras
Rua Sorocaba, 800 – Botafogo.
Tels. 2242-9341 e 2266-6465
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Valor: R$ 15,00
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domingo, 12 de julho de 2009
Atividade Plástica
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Ateliê de Pintura
O ateliê de pintura é um dos setores mais freqüentados da Casa e é onde se faz as atividades de desenho e pintura com tinta guache. A sala é composta de uma grande mesa central, com cadeiras ao redor, onde estão dispostos os papéis de variados tamanhos, lápis de cor, giz de cera, lápis pastel, lápis grafite, canetas esferográficas, borrachas e réguas em diversos formatos. Perto desta mesa ficam um cavalete e uma estante com os materiais da pintura, como as tintas e os pincéis. Um enorme painel ocupa uma das paredes da sala com os trabalhos de todos os clientes que freqüentam ou já freqüentaram o ateliê. Alguns quadros pintados pelos clientes também decoram todo o espaço dando-lhe um clima acolhedor e colorido. Há uma grande janela ao fundo da sala permitindo a iluminação da luz do dia. E ao lado desta sala central há uma pequena saleta com janela e uma mesa para aqueles que gostam de trabalhar mais isoladamente.
Todos os trabalhos realizados no setor podem ser arquivados em pastas individuais; em grandes gavetas (no caso das pinturas grandes) ou expostos no interior da Casa das Palmeiras.
Os ateliês individuais funcionam de 13h às 15h30. Os de pintura em média freqüentam entre cinco a dez clientes. A maior parte dos clientes trabalham regularmente neste setor. Alguns deles costumam realizar grande quantidade de trabalhos com temas repetitivos. Outros se entregam na produção criativa e se concentram durante todo o tempo fazendo poucos trabalhos por dia.
A pintura é feita de forma livre sem a preocupação das técnicas estéticas. O grande foco desta atividade é a livre expressão das imagens surgidas do inconsciente que são reveladoras dos conflitos enfrentados pelo indivíduo. É no constante embate da escolha das cores, dos papéis e dos pincéis que o indivíduo pode expressar suas emoções que muitas vezes escapam ao domínio da linguagem verbal.
O silêncio no ateliê ajuda os clientes a entrarem mais em contato consigo mesmo para se concentrarem e mergulharem na atividade.
Através da fluidez das tintas na pintura é possível canalizar tensões e sentimentos; misturando e brincando com as cores, fazendo traços fortes, rabiscos. Experimentando as diversas formas figurativas ou abstratas.
Alguém responsável está sempre presente e atento aos processos que acontecem no ateliê sem, no entanto, direcionar os trabalhos. Colaborador ou estagiária responsável deixa o setor organizado, lava os pincéis, anota e arquiva os trabalhos realizados.
A função terapêutica da pintura é deixar os clientes se expressar com liberdade. É deixar fluir o mais naturalmente possível longe das amarras da repressão e do raciocínio lógico. Deixar emergir do inconsciente as imagens, símbolos, sensações e sentimentos antes inacessíveis. Tarefa essa que não é nada fácil e tem que ser construída e reconstruída a cada dia, num longo processo, numa grande batalha repleta de desafios e inúmeras surpresas.
Luciana Manhães - Estagiária de Psicologia.
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terça-feira, 7 de julho de 2009
A cerimônia do Chá
A cerimônia do chá regular consiste: da primeira sessão na qual uma refeição ligeira, denominada "kaiseki", é servida; da "nakadachi" ou breve pausa; da gozairi , a parte principal da cerimônia, onde o "koicha" ou chá de textura espessa, é Servido e da ingestão do "usucha" ou chá de textura fina. Toda a cerimônia leva cerca de quatro horas. Frequentemente, apenas o "usucha" é servido, o que requer cerca de uma hora.
No dia 08 de Junho, último, o Grupo Cultural na Casa das Palmeiras foi bem diferente: realizou-se uma cerimônia do chá. A nossa “chanoyu”, cerimônia do chá, ocorreu de forma muito tranqüila. Uma pequena “sukiya” ou casa do chá foi montada na nossa sala principal. Esteiras foram estrategicamente colocadas no chão e a decoração ficou por conta de alguns objetos orientais e os arranjos ou “ikebanas” produzidos na atividade anterior. Uma pequena história foi contada e depois todos ficaram em silencio, ao som de belíssimas sinfonias orientais enquanto o “matcha” ou chá era servido. Existiam três tipos de chá: chá verde com folhas de 5 anos, chá verde com folhas de 2 anos e chá mate, típico em nossa cultura brasileira. Os chás foram servidos em pequenas "cha-wan" (tigelas) de plástico e todos puderam degustar o “matcha” enquanto meditavam ou observavam os trabalhos e objetos no local. Em um determinado momento de nossa cerimônia, Fabrício nos prestigiou com uma seleção de músicas brasileiras ao som do violão, dando um toque bem brasileiro e totalmente descontraído a nossa cerimônia. No final, foi sugerido que as pessoas compartilhassem o sentimento através de depoimentos ditos ou escritos. De um modo geral, todos gostaram muito e sentiram uma enorme paz, sugerindo até mesmo que esta atividade aconteça mais vezes.
“O grupo cultural de hoje dia 08/06/09 está muito bom, pois está transmitindo uma paz muito grande.” - T. J.
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“O chá estava quentinho, uma delícia, e muito saudável. Eu gostei muito
desse chá, do chá...e de saber sobre o chá, sua história...” - L. M.
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“O caminho do chá
a) Retidão
b) tranquilidade
c) Serenidade
d) Compaixão
e) A paz...
A ética da conduta humana
a)Cordialidade
b)Humanidade
c)Sociabilidade
d)Moralidade
e)Educação da arte
Princípio do caminho da eternidade” - P. M.
domingo, 21 de junho de 2009
O Fazedor de Chuva
A cada ano, o grupo elegia determinada obra de Jung de especial interesse pela atualidade do tema para leitura e troca de idéias. Em dada ocasião, optou-se pelo texto “O homem à descoberta de sua alma”. Em meio às discussões, interveio a Dra. Nise para ilustrar a busca de integridade psíquica com uma pequena história vinda do Oriente.
Conta a Dra. Nise:
_ Numa cidade do interior da velha China, ocorreu uma terrível estiagem. Os rios, as barragens, os açudes iam secando; o gado, as cabras, os bodes, a vegetação, tudo ia morrendo. O povo passava fome; com as crianças desnutridas intensificava-se a mortalidade infantil. Diante de tamanha calamidade pública, a Câmara de Vereadores se reuniu procurando uma solução. Um dos vereadores sugeriu que se contratasse um “fazedor de chuva” que atendia em centro mais desenvolvido da região. A Câmara autorizou o vereador a fazê-lo. Ao chegar à cidade o fazedor de chuva, o Prefeito perguntou quanto cobraria para realizar o milagre da chuva. Respondeu ele: a soma acertaremos depois. Por ora, faço duas exigências: que me arranjem um lugar afastado da cidade, uma pequena cabana onde possa repousar e que me tragam diariamente um pão e um copo dágua. Atendidas as exigências, o fazedor de chuva, sozinho na cabana, concentrou-se em profunda meditação.
Passados 15 dias, as chuvas chegaram, os rios botaram água, os açudes sangraram, o verde voltou à paisagem, os animais se reanimaram, a alegria voltou às ruas.
A Câmara de Vereadores prestou todas as homenagens ao Fazedor de Chuva e quis saber dele como havia conseguido o extraordinário milagre.
Respondeu ele: Ao chagar a esta cidade encontrei as pessoas completamente angustiadas, as mentes perplexas, alteradas, divididas, neuróticas. Naquelas circunstâncias pedi o que de melhor vocês podiam oferecer e com maior sacrifício: uma cabana tranquila, o pão e um copo dágua. Distanciado da neurose coletiva, concentrado, meditando, estava imune às tensões vividas pelo povo. Recebia o que precisava. E como estava inteiro, com a MENTE EM PAZ NÃO DIVIDIDA, naturalmente fui atraindo as coisas boas. As Chuvas chegaram até mim e por extensão a toda a cidade e região.
Conclui a Dra. Nise: Enfim, a divisão interna, a neurose, é a principal causa de nossos desajustes, de nossa infelicidade. Ai está a moral da história.
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quinta-feira, 11 de junho de 2009
Senhora das Imagens Internas - Escritos de Nise da Silveira - Lançamento Livro FBN
Cadernos da Biblioteca Nacional 5
Coordenação Geral de Editoração e Pesquisa – FBN – 376 pgs.
Loja do Livro da Biblioteca Nacional - das 10h às 17h.
Os quinze escritos; ensaios, prefácio ou artigo editorial foram organizados em ordem cronológica, transcrições fiéis - recolhidos desde 1935 até 1992. A maioria desconhecida do grande público pela razão de serem publicações em revistas especializadas, jornais e, em sua maioria, nas revistas Quaternio do Grupo de Estudos C. G. Jung, já esgotadas. Trecho da conferência - Filosofia e realidade social - pronunciada por Nise no Club de Cultura Moderna e publicada na revista Movimento, Ano I, nº 1 em maio de 1935. Texto achado por Jader Britto, pesquisador do Proedes/UFRJ.
A organização do livro teve como proposta juntar num corpo uma parte significativa da contribuição que Nise da Silveira legou por escrito à psiquiatria, à psicologia e, sobretudo, à humanidade.
Toda a venda do livro foi doada para a Casa das Palmeiras
O livro pode ser, ainda, encontrado na Livraria Leonardo da Vinci – Av. Rio Branco 185, sub-solo – tel. 2533-2237.
A Casa das Palmeiras não vende livros por ser uma instituição filantrópica.
terça-feira, 19 de maio de 2009
Modelagem
O barro encontra-se a serviço dos clientes juntamente com tintas, pincéis e outras ferramentas que auxiliam o trabalho.
Atualmente a Casa das Palmeiras recicla o barro utilizado pelos clientes. O material reciclado é constituído, em sua maioria, de peças antigas sem data ou sem identificação ou de peças danificadas que ao invés de irem para o lixo vão para a reciclagem para serem reutilizadas pelos clientes. Utilização de argila nova sempre que necessário.
As produções são bastante variadas. Uns preferem modelar coisas concretas como cinzeiros, bonecos, animais, flores e etc. Já outros se interessam pelas formas abstratas, não se importando em produzir algo figurativo. Vale ressaltar a grande produção de bichos de todas as espécies no atelier. É comum a produção de peixe, cachorro, elefante, borboleta, tartaruga, baleia e mais uma infinidade de animais modelados. Há clientes que optam por pintar suas peças e há outros que preferem não pintar. Lembrando que a pintura só pode ser realizada dias depois que a peça foi produzida, pois o barro precisa estar bem seco.
Vale observar que o silêncio durante a atividade é absoluto. Não interrompemos e não falamos, apenas deixamos o cliente livre para criar com o máximo de espontaneidade e concentração.
É incrível observar que mesmo nas condições as mais difíceis são capazes de manusear o barro com ímpeto e criatividade. O simples movimento de amassar o barro de olhos fechados já carrega em si algo terapêutico. As qualidades terapêuticas do barro são infinitas. A modelagem permite que a pessoa consiga dar forma para suas emoções e para as imagens que tomam conta do ser. Ou seja, através do trabalho com o barro a pessoa despotencializa a força que as imagens exercem sobre o individuo.
Há um grande numero de obras produzidas no atelier. Obras que indicam o que acontece no mundo interno dos clientes. Algumas constituem verdadeiras obras de arte, ainda que a Casa das Palmeiras não tenha a intenção de descobrir artista.
As obras constituem verdadeiro material para estudo e pesquisa.
As obras fazem parte do prontuário, isto é, livro vivo em material plástico.
Rodrigo Pires – estagiário de psicologia, responsável pela modelagem, 2009.
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segunda-feira, 18 de maio de 2009
Grupo de Estudos C. G. JUNG
Às quartas-feiras de 2009
27 de maio, 10 / 24 de junho, 8 e 22 de julho (15 em 15 dias)
Horário: Início às 19h / término às 21h.
Local: Rua Sorocaba, 800 - Botafogo
Inf.: Tel. 2266-6465 (das 13h às 17h) / 2242-9341
* Está aberto ao público em geral *
Bem vindos os artistas, filósofos, psicólogos, pensadores livres, cientistas, antropólogos, sociólogos e/ou qualquer pessoa que desejar ler, estudar e/ou conhecer, mais profundamente as
Obras de C.G. Jung e Nise da Silveira
quinta-feira, 7 de maio de 2009
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Roda de Samba
Regina Rocha e a Colméia
* Verônica Martins e Rose do Marfim*
dia 2 de maio de 2009 – sábado.
das 15:30 às 18:30
Rua Sorocaba, 800 – Botafogo.
Tel 2266-6465.
Clientes, familiares e sócios são convidados.
Tragam seus amigos e venham ouvir música!
Samba de raiz!
Colaboração espontânea R$ 3, 00 / R$ 4,00.
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domingo, 19 de abril de 2009
Freud e Jung
[Aniela Jaffé]
- O HOMEM E SEUS SÍMBOLOS -
Dia 29 teremos a presença do jornalista
Ele falará sobre sua viagem e visitas às casas
de Freud em Londres e de Jung em Zurique.
E mais, sobre seu livro NISE.
Horário: Início às 19h / término às 21h.
Local: Rua Sorocaba, 800 - Botafogo
Inf.: Tel. 2266-6465 (das 13h às 17h) / 2242-9341
* O Grupo está aberto ao público em geral *
Bem vindos os artistas, filósofos, psicólogos, pensadores livres, cientistas, antropólogos, sociólogos e/ou qualquer pessoa que desejar ler, estudar e/ou conhecer, mais profundamente as
Obras de C.G. Jung e Nise da Silveira
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Feliz Páscoa!
A Páscoa é uma importante festa para os judeus e para os cristãos. Ela é celebração para estas duas representações religiosas. Para os judeus é a passagem da escravidão no Egito para a terra da promissão, a passagem pelo Mar Vermelho - um povo que se organizou. Moisés foi o organizador do povo, o libertador e legislador, a figura de referência.
Moisés nasceu cerca de 1250 anos antes de nossa era, ele conduziu o povo de Deus.
Os judeus celebram todos os anos a festa da Páscoa, que acontece na Lua cheia, 40 dias depois do carnaval e os cristãos festejam a Páscoa quase junta, e que ocorre no 1º domingo depois da Lua cheia.
Para os cristãos a Páscoa, também, simboliza uma passagem. Jesus de Nazaré representa a figura central. A Páscoa cristã celebra a passagem da morte de Jesus Cristo para a vida, de sua paixão para a ressurreição, do velho Adão para novo Adão, deste mundo de dificuldades e dores para o novo mundo de solidariedade, saúde e fraternidade no amor em Deus.
A páscoa judaico-cristã oferece aos que se afligem e se interrogam reflexões sobre o sentido da existência. A Páscoa é o símbolo da Vida - Vida em alegria para todos.
A luz do Ciro pascal simboliza a luz que espanta a escuridão e traz a felicidade, a alegria eterna.
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