Eventualmente repetimos palavras de Nise da Silveira por sua importância, e, por boa orientação nos trabalhos desenvolvidos na Casa das Palmeiras
“A linguagem plástica é uma forma de
expressão. Eu não chamo de arte, nem de longe tal pretensão. Não garanto que
sejam artistas os trabalhos das pessoas que frequentam os ateliês. Não sou eu
quem decide se é arte ou não. A função do trabalho não é artística, é expressiva.
Atividade expressiva das emoções, dos conteúdos internos. Não gostava do nome
“terapêutica ocupacional”, foi quando um cliente na Casa das Palmeiras, na
oficina de trabalhos manuais, tocando vários novelos de lã ele disse: como é gostoso amassar... trabalhar com
tecidos é a emoção de lidar. Então pensei: eureka! Preferi em vez de
terapêutica ocupacional adotar daí em diante emoção de lidar. Muito importante que o monitor ajude ao doente a
descobrir a beleza do material com que trabalha.”
“Nosso enorme acervo de nada servirá,
será coisa morta, se não for estudado. Cabe a vocês esta tarefa, que exige ter
diante de si muitos anos pela frente. Cuidar, defender este patrimônio.
Estudar, desenvolver nossos métodos de pesquisa, tornando-os mais
sistematizados e precisos, acompanhando sempre o desenvolvimento da ciência,
que não para nunca. Vocês não perderão seu tempo. Estas imagens surgidas do
inconsciente, do mundo primordial, têm muitas coisas a revelar sobre o
dinamismo da vida psíquica e sobre os mistérios da atividade criadora.” Revista
Quaternio, 1973 - RJ.
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