sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Fotografia na Casa das Palmeiras





Fotos de A. Fotos de C.





Fotos de T.

Foto de W.

A reativação da atividade fotográfica através da implantação de um Atelier de Fotografia na Casa das Palmeiras tem propiciado, nesta etapa experimental, conexões com muitas práticas e pesquisas que estão sendo realizadas de maneira sistemática no tocante as relações entre fotografia e terapêutica. Sobretudo surge da demanda dos próprios clientes, que tem com essa linguagem mais afinidade, contemplando-os com a possibilidade de se expressar por essa via, podendo se entrecruzar com todos os outros ateliers. Uma atividade sempre enriquece outra.
Atualmente participam com bastante frequência da atividade fotográfica 6 clientes/aprendizes. Sendo que a quantidade de imagens produzidas por cada um varia muito e o modo de capturar as imagens também. Podem ir do preciosismo geométrico de A. até a hiper aproximação de C., que se apropria das colagens já feitas no Atelier de Colagem, enquanto T. chega a fazer quase 20 imagens em séries e J. se entende melhor com a máquina analógica e faz uma foto por vez. De outro modo, W. experimenta teleobjetivas de longo alcance, enquanto D. solicita frequentemente ser fotografado.
Tendo na Fotografia uma modalidade alinhada aos processos ocupacionais terapêuticos, que tem como base o afeto catalisador e a emoção de lidar, propõe oferecer aos usuários da Casa da Palmeiras mais um instrumento criativo, através do qual possam se expressar de forma imagística com espontaneidade. Buscamos através da afinidade com essa linguagem plástica desenvolver o trabalho de assimilação sensório-afetivo-motora que a Fotografia propicia em sua prática. Neste caso temos na Fotografia em si um instrumento terapêutico bastante peculiar, visto que toda imagem fotográfica testemunha estado interno e afetivo face à realidade visível, concreta.
Simultaneamente intenta-se propiciar a contemplação das imagens realizadas como um meio privilegiado de mobilizar emoções internas, face às imagens suscitadas pelo real fotografado. Propiciando ainda a interatividade entre as pessoas da Casa, bem como o reforço dos laços afetivos e da própria identidade. E deste modo promover mais uma forma de contato com os conteúdos simbólicos, que os clientes possam vir a manifestar através desse novo meio de confronto com o mundo das imagens.
Colaboradora - Rosane Barata (fotógrafa e artista plásita)
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