quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Oficina de Cadernos








Reativada a Oficina de Cadernos em agosto deste ano de 2010.
Por muitos anos aqui na Casa das Palmeiras tínhamos entre as muitas atividades a Oficina de Encadernação. Uma das jóias promovidas por Nise da Silveira.
Faziam-se cadernos artesanais onde os clientes desenhavam, colavam recortes ou escreviam. Muitos álbuns de fotografias foram executados pelos clientes. Álbuns fotográficos foram perdidos no incêndio de 2006. Desta memória poucos cadernos sobraram e estão arquivados como peças preciosas.
Por razões múltiplas a Oficina de Encadernação em muitos momentos ficou desativada; seja por falta de profissionais da área para transmitir a manufatura dos mesmos, seja por falta de organizar tempo com maior disponibilidade para se fazer os trabalhos. Esta é uma atividade que requer cuidados especiais e paciência para a realização de cada etapa. Como toda boa obra de criação, a dos cadernos, também, nos pede concentração e tempo.

Trata-se de uma atividade que agrada muito pelo processo natural da escolha dos materiais, isto é, das folhas de papeis que são utilizadas, a espessura e as cores. As atenções na desenvoltura das mãos ao dobrar o papel, no corte das folhas quando necessário, no furar as folhas, juntá-las e em seguida amarrá-las com lã, cordões ou fitas coloridas. Plena atenção na execução, cuidados e satisfação grande de ver a obra finalizada, pronta para ser mostrada aos seus pares com muita alegria.
A costura e a colagem para cadernos mais grossos estão em processo de aprendizagem, para uma etapa mais avançada.

Os resultados desta Oficina de Cadernos são um verdadeiro espanto pela capacidade criadora que cada cliente da Casa das Palmeiras tem como oportunidade para se expressar. Dada a oportunidade à realização criadora temos respostas as mais bonitas e felizes. O fazer cadernos é mais uma das muitas atividades que a Casa das Palmeiras oferece aos seus usuários.
Oficina de Cadernos – mais um meio de demonstrar que cada pessoa com boa orientação e sendo estimulada é capaz de criar. Todo ser humano é um criador e merece ter o prazer do fazer, de ver sua obra realizada.
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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Mais um livro > de JUNG

GRUPO DE ESTUDOS C. G. JUNG
Fundado em 1955 por Nise da Silveira.
Atuante até os dias de hoje.
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Um convite:
na
CASA DAS PALMEIRAS

Iniciaremos estudo da obra de C. G. JUNG

O Espírito na Arte e na Ciência
- Editora Vozes - 1985 -

Início: dia 24 de Novembro de 2010
Dezembro: dias 8 e 15
Às quartas-feiras.
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Horário: às 19h / término às 20h30.

Local: Rua Sorocaba, 800 – Botafogo

Inf.: Tel. 2266-6465 (das 13h às 17h) / 2242-9341


O GRUPO DE ESTUDOS É GRATUITO
* Está aberto ao público em geral *

Bem vindos os artistas, filósofos, psicólogos, pensadores livres, cientistas, antropólogos, sociólogos e/ou qualquer pessoa que desejar ler, estudar e/ou conhecer, mais profundamente as Obras de C.G. Jung e Nise da Silveira
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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Senhora das imagens internas

[Foto: arquivo martha pires ferreira]
"Um chapéu para cada cabeça e não o mesmo chapéu para todas as cabeças”
Nise da Silveira
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Palavras de C.G. Jung

“Só espero e desejo que ninguém se torne ‘junguiano’. Eu não represento nenhuma doutrina, mas escrevo fatos e apresento certos pontos de vista que julgo merecedores de discussões. (...) Não advogo nenhuma doutrina pronta e fechada e abomino ‘partidários cegos’. Deixo a cada um a liberdade de lidar a seu modo com os fatos, pois eu também tomo esta liberdade para mim”

[Em carta resposta ao Dr. J.H. van der Hoop, Amsterdã. Este havia escrito que lhe interessava a própria liberdade de idéias e: “Não posso dizer se algum dia poderei tornar-me junguiano.”]
C.G. Jung / Cartas / 1946 -1955 - Vol. II Editora Vozes.

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A Casa das Palmeiras segue a linha de pensamento, as ideias e os métodos, desenvolvida por C. G. Jung e por Nise da Silveira. Entretanto não está amarrada a correntes.
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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Dia 30 de outubro de 1999

Há onze anos que nossa saudosa e insubstituível Nise da Silveira se despediu deste mundo deixando um legado maravilhoso para a humanidade, em especial para os mais frágeis mental e emocionalmente feridos. Sua obra viva e atuante, suas palavras sempre lembradas, sempre estudadas, sempre presentes.
NISE VIVE !

Repetimos suas palavras sábias:

“A linguagem plástica é uma forma de expressão. Eu não chamo de arte, nem de longe tal pretensão. Não garanto que sejam artistas os trabalhos das pessoas que freqüentam os ateliês. Não sou eu quem decide se é arte ou não. A função do trabalho não é artística, é expressiva. Atividade expressiva das emoções, dos conteúdos internos. Não gostava do nome terapêutica ocupacional, foi quando um cliente na Casa das Palmeiras, na oficina de trabalhos manuais, tocando vários novelos de lã ele disse: “como é gostoso amassar... trabalhar com tecidos é a emoção de lidar.”Então pensei: eureka! Preferi em vez de terapêutica ocupacional adotar daí em diante emoção de lidar. Muito importante que o monitor ajude ao doente a descobrir a beleza do material com que trabalha.”

“Sabemos muito pouco da mente, da natureza psíquica, das emoções. Desenhar, pintar, modelar, gravar, depois colocar os nomes, datar os trabalhos e guardá-los em série estas imagens plásticas para pesquisa é ter a possibilidade de um dia, no futuro, se chegar a uma compreensão mais clara e profunda do mundo interno destas pessoas tão enigmáticas, tão misteriosas. A ciência sabe muito pouca a este respeito. E o método para se aproximar de um conhecimento revelador é basicamente o pré-verbal, a pré-palavra. Temos oficinas de encadernação, carpintaria, música, teatro, dança, mímica, botânica, bordado, costura. Atividades expressivas podem apontar os caminhos da vida interna.”

“A pesquisa e o estudo a partir das vertentes imagísticas estão apenas começando. Somente o ponto do iceberg despertou. A partir do século XXI, os interessados neste assunto devem se dedicar intensamente, pois das imagens surgirão não só revelações sobre o corpo psicológico e físico, como descobertas das potencialidades mentais dos seres humanos. As descobertas futuras sobre o inconsciente revolucionarão a história da raça humana.”

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