Três desenhos a guache - criação plástica - acervo da Casa das Palmeiras
O Tema Mítico do Deus Sol
Nise da Silveira – Eternas saudades!
Imagens do Inconsciente, p. 315
– 1981, Alhambra, RJ.
O sol simboliza, na psicologia junguiana, ‘o ego e seu campo de consciência’. A personificação do ego sob a forma do ‘corpo refulgente do sol’ decorre de ser o ego o ponto de referência central da consciência e de sua função criadora do mundo como objeto (Jung, C. G. – C. W. , 14, 108). É assim que o sol, direta ou indiretamente, está presente em múltiplas versões do mito do herói, quando esta, depois de vencer os monstros das travas, saindo de uma condição de semi-inconsciência, consegue trazer a realidade para a luz da consciência, recriando o mundo.
No mesmo sentido pesa a opinião de Mircea Eliade que afirma a existência de paralelismo entre hierofanias solares e o desenvolvimento do racionalismo. Somente no Egito, onde floresceu uma alta civilização, o culto do sol propriamente dito alcançou verdadeira predominância. E na América, foi no Peru e no México, isto é, entre os únicos povos desse continente que atingiram autêntica organização política, que o culto do Sol chegou ao apogeu. Teria havido, pois, concordância entre a supremacia das hierofanias solares e o
desenvolvimento histórico (Mircea Eliade – Traité d’histoire des Religions, p 115. Payot, paris, 1968).
Mas acontece igualmente que o sol, pela magnitude de seus atributos específicos, impõe-se como símbolo do self, ou seja, do centro ordenador da psique, bem como da totalidade psíquica. E ‘o self é a imagem de Deus ou, pelo menos, não pode ser distinguido dessa imagem’ (Jung, C. G. – C. W., 9ii, 22). Self, imagem de Deus, sol, acham-se em estreita correlação.
O sol aparece como símbolo da imagem de Deus, não só na antiguidade pagã mas também no cristianismo.
– 1981, Alhambra, RJ.
O sol simboliza, na psicologia junguiana, ‘o ego e seu campo de consciência’. A personificação do ego sob a forma do ‘corpo refulgente do sol’ decorre de ser o ego o ponto de referência central da consciência e de sua função criadora do mundo como objeto (Jung, C. G. – C. W. , 14, 108). É assim que o sol, direta ou indiretamente, está presente em múltiplas versões do mito do herói, quando esta, depois de vencer os monstros das travas, saindo de uma condição de semi-inconsciência, consegue trazer a realidade para a luz da consciência, recriando o mundo.
No mesmo sentido pesa a opinião de Mircea Eliade que afirma a existência de paralelismo entre hierofanias solares e o desenvolvimento do racionalismo. Somente no Egito, onde floresceu uma alta civilização, o culto do sol propriamente dito alcançou verdadeira predominância. E na América, foi no Peru e no México, isto é, entre os únicos povos desse continente que atingiram autêntica organização política, que o culto do Sol chegou ao apogeu. Teria havido, pois, concordância entre a supremacia das hierofanias solares e o
desenvolvimento histórico (Mircea Eliade – Traité d’histoire des Religions, p 115. Payot, paris, 1968).
Mas acontece igualmente que o sol, pela magnitude de seus atributos específicos, impõe-se como símbolo do self, ou seja, do centro ordenador da psique, bem como da totalidade psíquica. E ‘o self é a imagem de Deus ou, pelo menos, não pode ser distinguido dessa imagem’ (Jung, C. G. – C. W., 9ii, 22). Self, imagem de Deus, sol, acham-se em estreita correlação.
O sol aparece como símbolo da imagem de Deus, não só na antiguidade pagã mas também no cristianismo.
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Amo o trabalho de Jung e da Nise! Sou uma discípula que quer aprender e colocar o que sou à disposição de outros..
ResponderExcluirClaudia Scheidegger
claudiascheid.psi@gmail.com