A Xilogravura uma das mais tradicionais atividades expressivas na Casa das Palmeiras. Este Ateliê de Terapêutica Ocupacional, por um tempo desativado, retornou a funcionar com boa receptividade. O ateliê/oficina fica no 2º andar da Casa. Trata-se de uma ampla sala aberta. Arrumadas em estantes encontram-se matrizes de madeira e tudo o mais necessário.
Neste ano de 2013 a Casa teve a felicidade de ter novamente um profissional xilogravador, coordenador de Xilogravura, responsável por esta oficina.
Na grande mesa estão colocadas madeiras, cortadas em pequenos tamanhos, para serem talhadas com vários tipos de goivas amoladas. Cadeiras estão em torno da mesa. Lápis grafites ficam à disposição para desenharem antes de se trabalhar direto na madeira. Rolo de impressão. Papeis especiais e tintas para as tiragens das cópias. Prensa para imprimir as imagens. Tudo em ordem. Trabalha-se com naturalidade.
O simples fato de cuidar das madeiras e organizar as matrizes nas estantes, com a ajuda dos clientes, é darmos importância a este ateliê. Atualmente outros materiais, sem ser a madeira, estão sendo usados para gravura.
(xilo de quatro clientes)
As imagens quando impressas, em papeis especiais, surgem em dimensões que se possibilita ver onde a madeira foi talhada em sua profundidade. É nosso objetivo não é só oferecer a talha, mas acompanhar o cliente em todo o seu processo criativo até a impressão do seu trabalho. Ele se espanta ao ver as imagens passarem da madeira para o papel. O simples fato de imprimir é ordenação, cuidado atencioso. Realização
Estagiários num momento de aprendizagem ficam ao lado dos clientes e tem
a orientação do coordenador. Neste início de retomada poucos ousam trabalhar
com a Xilogravura. Aos poucos os clientes vão se aproximando, espontaneamente,
e nos surpreendendo.
Esta atividade requer cuidados em particular; auxílio/atenção para não
se ter cortes nas mãos. Poucas cópias foram tiradas. Importante é termos em
mente que em breve reativaremos o máximo possível este ateliê de Xilo por onde
já circularam importantes xilogravadores brasileiros, colaboradores na obra de
Nise da Silveira, em particular, na Casa, como José Paixão e Rizza Conde.
Numa sala ao lado estão arquivadas cópias em papel, com tintas de várias
cores - todas guardadas em pastas. As gravuras são, quando necessário, objeto
de pesquisa e estudo. E estão à disposição para quem venha a Casa fazer
pesquisas de campo.
Os próprios clientes apreciam a riqueza dos trabalhos dos nossos
acervos. Encantam-se com a vida interna da Casa, com as obras realizadas porque
vivenciada por eles. Material imagístico impressionante pela qualidade e
beleza.
O xilogravador Neil Coelho, antigo colaborador,
é coordenador desta atividade.